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Hollanda, B. B. B. O clube como vontade e representação: o jornalismo esportivo e a formação das torcidas organizadas de futebol do Rio de Janeiro (1967-1988)

 

HOLLANDA, Bernardo Borges Buarque de. O clube como vontade e representação: o jornalismo esportivo e a formação das torcidas organizadas de futebol do Rio de Janeiro (1967-1988). 2008. 771 f. Tese (Doutorado em História) – Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.

Resumo: “O ano de 1968 também foi marcado por agitações e revoltas nas arquibancadas do Maracanã. Em um período de crise no desempenho de suas equipes, grupos juvenis de aficionados torcedores lançam-se ao enfrentamento contra dirigentes de grandes clubes cariocas, por meio de protestos, manifestações e até passeatas fora do Estádio Mário Filho. Sob inspiração do slogan internacional Poder Jovem, estes recém-formados agrupamentos adotam de igual modo uma postura crítica face ao tradicional modelo de torcida, as Charangas, oriundas da década de 1940. Ao longo do decênio de 1970, as Torcidas Jovens consolidam-se no cenário esportivo e ensejam o surgimento de uma profusão de pequenas e médias agremiações, que revestem o ato de torcer de significados associativos e culturais, recreativos e sociais até então inexistentes. A culminância deste processo ocorreria no início da década seguinte, quando lideranças de tais grêmios tentam se agrupar em torno de interesses comuns e, entre 1981 e 1984, deflagram uma série de sucessivas greves, piquetes e boicotes pela redução do preço dos ingressos, entre outras reivindicações. Tal postura resultaria na criação da ASTORJ, a Associação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro, uma entidade com duplo objetivo: por um lado, a legitimação de uma força corporativa com influência na estrutura de poder dos esportes; por outro, a formalização do entrosamento entre os chefes de torcidas rivais, expressa no lema “Congregar, Congraçar, Unir”. No decurso da década de 80, o projeto da ASTORJ não prosperaria, com a perda da representatividade e com a incapacidade de conter as crescentes rixas e animosidades entre os componentes das facções torcedoras. Ao enfeixar esses acontecimentos, extraídos da leitura serial de narrativas jornalísticas obtidas em periódicos esportivos e de relatos orais colhidos em entrevistas, o presente trabalho procura mostrar de que maneira um tipo específico de associação, pautado na idolatria clubística, ganhou vulto em escala nacional e internacional nas décadas de 1960, 1970 e 1980, e assumiu particularidades históricoculturais no futebol profissional do Rio de Janeiro. Busca-se evidenciar como esse fenômeno da segunda metade do século XX atendeu a novas demandas de participação e de diferenciação por parte de contingentes urbanos em um domínio cada vez mais competitivo, massificado e mercantilizado. A música, de um lado, e a violência, de outro, foram os meios expressivos mais notáveis a que esses movimentos recorreram para tomar parte e para adquirir visibilidade no universo do espetáculo esportivo contemporâneo. Ao analisar a ação, a formação e a transformação de um campo específico de subgrupos torcedores, reconstituindo uma experiência histórica particular, a tese que ora se apresenta tem o intuito de demonstrar em que medida as torcidas organizadas constroem sua identidade através de uma relação direta com os meios de comunicação de massa e orientam seus métodos de atuação através de uma bricolagem e de uma leitura muito própria dos valores presentes no jogo, no esporte e no meio social circundante.”

Palavras-chave: futebol, cultura e sociedade; história social e memória coletiva; torcidas organizadas e jornalismo esportivo; Mário Filho e Jornal dos Sports; torcidas jovens e cultura juvenil; espetáculo esportivo e violência.

Link: http://www.ludopedio.com.br/rc/upload/files/173547_Hollanda%20(D)%20-%20O%20clube%20como%20vontade%20e%20representacao.pdf.

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